Nesta temporada de Halloween, uma nova série de terror liderada por mulheres chega às lojas de quadrinhos em 8 de outubro. Repleta de blasfêmia, Mariana Herege combina ação e terror com perfeição, mantendo você preso na ponta da cadeira enquanto mergulha em um mundo repleto de bruxas macabras e monstros horríveis. A nova série teve uma prévia na edição #14 de Hello Darkness e é perfeita para fãs de Warrior Nun e Castlevania: Nocturne.
Irmã Mariana é uma caçadora de bruxas da mais alta irmandade, uma Madre Superiora e uma herege guiada por uma Deusa que a Igreja se recusa a reconhecer. Quando o Santo Padre classifica sua irmandade como blasfemadoras, Mariana faz um acordo obscuro para se tornar sua executora pessoal.
Enquanto profere julgamentos assassinos noite após noite na cidade das Vésperas, ela sente sua alma se fragmentar... mas o que mais ela pode fazer com as vidas de suas irmãs em jogo?
Mariana Herege é escrita por Tini Howard (Mulher-Gato), com arte de Joe Jaro (Buffy, a Última Caça-Vampiros), cores de Walter Baiamonte (Mighty Morphin Power Rangers), letras de Jim Campbell (Lilith, Specs) e é publicada pela BOOM! Studios, uma das principais editoras de quadrinhos de terror da atualidade.
Esta série deve estar no topo da sua lista de leitura neste outono. Mariana Herege é uma história feminista incrivelmente emocionante que te prende nas primeiras páginas. Você ficará imediatamente fascinado pela Irmã Mariana e sua história angustiante de rebelião religiosa e sua busca por autonomia pessoal. Se você quer uma série sobre uma mulher durona lutando contra monstros e o patriarcado, esta é para você!
Antes do lançamento da série, conversamos com a escritora Tini Howard, que nos contou muitas coisas incríveis sobre o processo criativo e o que esperar ao ler Mariana Herege. Tini também compartilhou uma playlist inspirada em Mariana Herege conosco aqui no The DeMonster!
O que é Mariana Herege? Qual é o seu discurso de elevador?
Howard: Fácil! Irmã Mariana é a Madre Superiora de uma irmandade herética de freiras. Para proteger suas gentis irmãs do cruel e dominador Santo Padre da Igreja, Mariana serve à Igreja como sua caçadora de bruxas mais mortal. (Como mulher, ela é a única que consegue se aproximar o suficiente de suas fileiras para causar danos sérios.)
Uma noite, as bruxas abordam Mariana com uma oferta irrecusável, e é aí que nossa história começa.
Quais são alguns dos principais temas explorados em Mariana Herege? Em quais gêneros ela se enquadra?
Howard: Acho que terror religioso e exploração de freiras são opções fáceis, há muito aqui para fãs de coisas como Os Demônios e os quadrinhos de Magdalena. Também nos inclinamos para o tom de favoritos góticos como Castlevania – algo na arte de Joe realmente evoca essa série maravilhosa para mim.
Mas se você estiver disposto a digerir a HQ um pouco, definitivamente há mais nela. Eu cresci de uma garota católica para uma mulher espiritualmente desprezada, e de lá para algo mais, um tipo de anciã mais confiante, e é essa a transformação pela qual Mariana está passando. Ela é uma mulher que se sente chamada para uma vocação que não tem um caminho claro, e para quem o "sucesso" é altamente pessoal – é essencialmente entre ela e Deus.
Uma das minhas coisas favoritas sobre o terror moderno é como aqueles de nós que foram criados com todo o cânone do terror agora podem criar trabalhos que combinam as coisas que amamos no terror clássico com nossos eus mais elevados que querem ser filosóficos e significativos com nossas histórias. Como dizem, há dois lobos dentro de você. Gosto de alimentar os dois.
O que inspirou Mariana Herege? Como surgiu a série?
Howard: Esta série é a expressão mais verdadeira de mim criando a HQ que faltava nas prateleiras para mim. Eu queria uma HQ sobre freiras e ninguém estava fazendo isso. Eu também estava passando por um período de luto por um ente querido que redefiniu muito da minha relação com o catolicismo da minha juventude. Mais uma vez, um momento perfeito em que a coisa mais simples que eu queria visualmente (briga de freiras sensuais em uma história em quadrinhos) se sincronizou com a minha vida pessoal como escritora (de luto por um ente querido muito devotamente católico).
Como tem sido trabalhar com a equipe criativa Joe Jaro, Walter Baiamonte e Jim Campbell?
Howard: Joe e eu nos reunimos da melhor maneira possível em quadrinhos: uma apresentação de um amigo. Joe foi o artista de Buffy: A Última Caça-Vampiros, uma HQ incrível escrita pela minha melhor amiga Casey Gilly. (Aliás, vocês precisam ler a HQ dela, Sleepy Hollow, que será lançada em breve, é uma loucura.) Enfim, Casey leu o tratamento para Mariana e disse que Joe seria ótimo, e eu enviei o tratamento para ele. Eu queria avaliar honestamente o interesse dele, porque... tipo... é preciso um certo tipo de pessoa para trabalhar em uma HQ como esta. Além disso, a HQ caminha na linha tênue entre respeitar as mulheres e gostar muito de olhar para elas, e eu precisava de um artista que entendesse isso.
Joe me enviou um design para Mariana que ficou, mais ou menos, perfeito. Alteramos dois elementos, mas era ela, e ela permaneceu.
Walter é um rei, é a minha primeira vez trabalhando com ele e eu realmente gosto. Uma ou duas vezes, tive que voltar timidamente pedindo uma mudança completa de tom em uma cena, e ele sempre entendeu e entregou 110%. Ele é um colorista incrível e entende os tons desta HQ muito, muito bem.
Quanto ao Jim, fiquei imediatamente feliz ao ouvir seu nome. Ele já havia se encarregado das letras de algumas das minhas outras obras assustadoras (como Vampiro: A Máscara), então eu sabia que ele acertaria em cheio. E ele acertou!
Quais são algumas das diferenças e semelhanças entre escrever Mulher-Gato e Excalibur e escrever títulos de propriedade do criador, como Mariana Herege? Como o processo criativo difere?
Howard: Vou te contar uma verdade: depois de anos fazendo isso, leva um tempo para encontrar seu próprio caminho novamente. Não há um cânone do personagem para aprender e seguir. Você tem que definir o personagem e o que o torna diferente sozinho, e tem que confiar em si mesmo. Tudo isso é difícil, mas muito gratificante de uma forma que trabalhar com personagens de outras pessoas não consegue alcançar.
Sem spoilers, o que você pode adiantar antes do lançamento da série? O que você está mais ansiosa para que as pessoas vejam?
Howard: As pessoas já se apaixonaram pelo design de Mariana, estou muito animada para que a vejam trabalhando e a conheçam. E estou animada para que as pessoas conheçam a Ravena, que é extremamente atraente e perigosa.
E, finalmente, se houvesse uma "playlist de leitura/assistir" para Mariana Herege, quais outros títulos (quadrinhos, livros, filmes, séries, etc.) acompanhariam Mariana Herege na lista?
Howard: Ah, sim, ótima pergunta.
Para curtir, eu estaria assistindo Os Demônios e Benedetta, ambos os quais acho que estão passando no Criterion Channel agora. Acontece que eles estão fazendo um mês inteiro de exploração de freiras, o que é divertido e oportuno. Novamente, Castlevania: Nocturne na Netflix é incrível, você pode pular a primeira série de Castlevania e assistir apenas Nocturne, é muito melhor. Sempre recomendo um replay da Bayonetta — ela não é exatamente uma freira, mas é um ícone gótico.
Para ouvir as músicas, há uma playlist de Mariana que você pode ouvir aqui! De Mitski a System of a Down. A grande surpresa para mim foi o primeiro álbum do A Perfect Circle, Mer de Noms. Está em toda a trilha sonora e eu o ouço sem parar enquanto escrevo. O que não é realmente surpreendente — não é apenas tematicamente relevante, mas pessoalmente relevante. Esse álbum foi muito importante para mim como uma jovem gótica raivosa, e com certeza estou alimentando-a novamente agora. 💪❣️
Siga Tini Howard nas redes sociais em @TiniHoward e confira sua publicação The Scorpio Room para ficar por dentro de seus projetos mais recentes. Você pode conferir uma prévia de "Mariana Herege" na edição desta semana de Hello Darkness (edição #14), caso ainda não tenha visto. A primeira edição estreia em 8 de outubro!
Uma HQ independente que denigre instituições sagradas em prol do feminismo.
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