Por mais incrível que pareça, o Wolverine não é um personagem caricato, na verdade o segundo volume de seu título mensal apresentou um reforço fenomenal por parte dos roteiros de Chris Claremont e desenhos do lendário John Buscema.
Considerando que a primeira aparição do personagem se deu como mero coadjuvante em uma revista do incrível Hulk, é difícil de se imaginar o quão ele obteria sucesso perante o público, tornando um dos X-Men, tendo a sua própria adaptação cinematográfica dentre outras coisas que alavancaram ainda mais a sua popularidade.
Porém, quando Wolverine obteve o sucesso, ele se foi se tornando caricato, com histórias sem pé nem cabeça e até de gosto bastante duvidoso.
O arco, "Procura-se Mística" escrito por Jason Aaron, marca em apenas míseras quatro edições, toda a imbecilidade que um escritor pode conceder a um personagem, desvencilhando-se da qualidade para uma galhofadas sem precedentes.
Retalhações, diálogos pesados, violência explicita por parte do cenário elaborado pelo desenhista Ron Garney e um Wolverine caçando sua velha conhecida dos tempos da carochinha (Mística). É isso que o pobre leitor se deparará em página após página.
Quando você pega uma revista do Justiceiro escrita pelo sádico Garth Ennis com desenhos toscos do Steve Dillon e se diverte com toda aquela apelação, e em apenas uma única edição, você conclui que Aaron nem para plagiador serve.
Destaque para o final "nada a ver" com a Metamorfa toda recaldada enquanto o seu velho amigo se mostra todo arrependido.
Ninguém merece.